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Controle de Mosquitos, tudo o que você precisa saber

Para explicar a dinâmica do Controle de Mosquitos, é preciso partir da origem do problema. Desde o princípio da humanidade, quando os primeiros grupos humanos ainda eram caçadores e coletores, além de se preocupar com os animais perigosos como predadores e animais peçonhentos, eles provavelmente já conheciam e se incomodavam com moscas e mosquitos hematófagos. 

O desconforto e os riscos à saúde associados aos mosquitos são uma das verdades universais da humanidade e com o aumento das temperaturas médias essa realidade está sendo experimentada por mais gente, em todo o mundo. 

Para manter afastados, repelir e se possível matar os mosquitos, as mais variadas soluções e alternativas são ou foram adotadas ao longo dos séculos, desde a queima de madeiras aromáticas e incensos, besuntar o corpo com óleos até as atuais e populares raquetes elétricas. Isso mostra que, na busca por soluções, as pessoas compram produtos para seu uso e procuram especialistas, o que significa uma grande oportunidade de negócios. 

Porém, para controlar mosquitos, ou qualquer outra praga, é fundamental conhecer suas características, comportamento, preferências e analisar o ambiente a ser tratado. 

Como a maioria dos dípteros, os mosquitos têm ciclos de vida curtos e alta taxa reprodutiva. Para nossa sorte, apenas algumas espécies hematófagas e antropofílicas (que gostam do homem) ocorrem simultaneamente em cada região. E vale a pena relembrar o que foi ensinado nas aulas de ciências ou biologia, que os dípteros têm duas fases de vida muito distintas : na fase jovem são larvas e se desenvolvem num habitat diferente dos adultos e estes, por sua vez, são alados que se deslocam com eficiência soberba e tem como missão principal a reprodução.

Cabe lembrar também que normalmente os problemas de infestação por mosquitos são amplos, pois eles normalmente se originam de locais distantes e vêm aos locais de convívio humano atraídos por estímulos como iluminação, dióxido de carbono (CO2) e aromas. Por isso mesmo, só conseguimos tratar com eficiência a partir de ações amplas, ou seja, voltadas a condomínios, bairros e regiões da cidade. 

Antes de falarmos de tratamentos e estratégias vamos primeiro conhecer um pouco as principais espécies de mosquitos incômodos e suas características importantes na tabela anexa preparada pelos doutores Delsio Natal e Luiz Roberto Fontes.

Principals mosquitos

Quais são os recursos para controle de mosquitos 

Para começar a falar de controle profissional de mosquitos a primeira coisa a ser comentada é a necessidade de alinhar as expectativas do cliente à realidade da situação. É mais que normal que, mesmo após se obter um controle de 90% de mosquitos, o cliente não fique satisfeito. Imaginando um clube ou condomínio, mesmo que o profissional de controle de pragas atinja 90% de eficiência no controle, combinando técnicas e adaptando as estratégias ao ambiente, basta que um ou dois usuários ou residentes reclamam que foram picados, para que todo o resultado seja questionado e avaliado como insatisfatório. Por isso é fundamental que o trabalho só inicie após uma análise prévia da situação e a determinação de padrões aceitáveis a serem alcançados.

Uma vez que foi acordado com o cliente um patamar de medição e redução, nós podemos começar a planejar e desenvolver um sólido programa de controle de mosquitos.

Todo programa de controle de mosquitos deve considerar que boa parte do ciclo de vida do mosquito se dá no criadouro onde as larvas se desenvolvem, que é no meio aquático, e por isso mesmo elas são mais fáceis de encontrar do que os adultos. Não há como fazer um programa de controle sem considerar ou incluir os criadouros.

A primeira e mais importante ação é encontrar e mensurar as fontes de infestação, que podem ser lagos, açudes, piscinas desativadas, ferro-velhos, córregos e mesmo margens de rios e represas. Cabe ao profissional de controle de pragas proceder à identificação dos mosquitos-alvo e, com isso, identificar criadouros e até rotas de infestação. Não é incomum o emprego de peixes larvófagos para auxiliar no controle de forma natural.

Uma vez identificado o criadouro é hora de procurar qual é a melhor alternativa de controle. Pode ser com larvicidas (biológicos ou químicos) ou com produtos que criam uma película na superfície da água, a qual impede a respiração das larvas (exceto das larvas que respiram via aerênquima de plantas aquáticas). Muitas vezes é possível empregar ações de controle alterando a estrutura do criadouro, como drenagem e manejo da vegetação aquática e marginal, para baixar o nível de infestação.

Na aplicação de larvicidas temos que considerar se o criadouro tem fluxo de água permanente ou se é uma coleção de água estática abastecida por chuvas ou registros. Sempre que tratamos corpos de água que fluem é nas margens, vegetação e remansos que temos que focar e com isso calcular as doses a serem empregadas. Quando enfrentamos criadouros de água corrente, como os de borrachudos, o cálculo correto da vazão é indispensável para calcular a dose a ser empregada.

Atualmente os larvicidas a base da bactéria Bacillus thuringiensis e dos hormônios reguladores de crescimento oferecem uma excelente relação de eficiência e segurança para o ambiente e as pessoas.

Após a atenção aos focos de criação, passamos a atuar na exclusão dos adultos, ou seja, orientar o cliente a instalar telas milimétricas nos locais adequados, para dificultar o acesso dos mosquitos até as vítimas. É fundamental que sempre seja considerado o impacto da instalação de telas no fluxo de ar, pois caso elas causem desconforto térmico por impedir a circulação de ar, teremos a tão conhecida prática de portas e janelas teladas abertas constantemente e permitindo a entrada de mosquitos.

Como exclusão, podemos também considerar o emprego de lâmpadas menos atrativas (amarelas - 3000K), pois a iluminação é um dos atrativos que tem maior alcance. A vegetação junto às edificações e acessos também ajuda a aumentar a infestação ao criar ambientes sombreados e pontos de descanso para os mosquitos. 

Na prática, muito do controle de mosquitos é manejo do ambiente e apenas uma parte é o controle em si. 

Por fim, vamos falar sobre as medidas de controle químico e o uso de armadilhas de captura.

Para o controle químico é importante considerar o horário ideal de tratamento, o sistema de aplicação a ser empregado e o alvo (adultos ou larvas).

Para o controle de mosquitos adultos podemos empregar tratamentos de superfície, em que as paredes recebem produtos de longo residual, especialmente em áreas como varandas, alpendres e decks de madeira. Estes tratamentos são realizados com pulverizadores ou atomizadores. 

Também em muitos casos é possível empregar o controle espacial de mosquitos adultos com aplicação por termonebulização (FOG/Fumacê), Ultra Baixo Volume (UBV) e Aerossóis com temporizador. Antes de explicar as diferenças de cada método, é importante salientar que em algumas cidades e estados o emprego de tratamentos especiais para controle de mosquitos adultos é regulado ou até mesmo proibido pela autoridade sanitária. Assim, cabe ao profissional de controle de pragas buscar essa orientação na vigilância sanitária e de vetores de sua cidade.

Resumindo bastante, as aplicações espaciais têm características e formação de gotículas distintas, mas se destinam a levar a calda inseticida ao encontro do mosquito em voo ou pousado em seu ponto de descanso. Todas as aplicações espaciais são temporárias e visam criar uma "nuvem” que vai se dispersar em alguns minutos por evaporação ou precipitação das gotículas.

O tamanho das gotículas varia e elas serão mais efetivas conforme o inseto-alvo e as características do ambiente. Há uma sobreposição nos tamanhos de gotas e por isso se foca no processo de formação, conforme elucidado a seguir, ao invés do tamanho das gotículas para essa classificação.

Na termonebulização as gotas são formadas pela velocidade de expansão da calda ao entrar em contato com uma superfície ou fluxo de gases muito quente. Uma parte da calda vai se vaporizar em milissegundos e nesse processo acaba criando micro - explosões que carregam partes da calda que ainda está líquida e vai formar gotículas. Quanto mais quente e mais rápido esse processo, menores serão as gotículas. A termonebulização de calda a base de óleos cria uma névoa branca densa e muito visível que persiste mais no ambiente e se espalha aos poucos, comprometendo a visibilidade e com isso até a segurança para motoristas e transeuntes, exigindo cuidado redobrado ao ser utilizada.

No UBV temos vários tipos de processos de formação de gotículas, mas basicamente é um processo físico em que a velocidade do fluxo de ar, ao encontrar a calda, cria mini turbilhões que fragmentam a calda em gotículas. Também existe o processo que forma as gotículas por ultrassom. O que todos esses processos têm em comum é a ação de forças dinâmicas sem o emprego da temperatura (calor) como agente da formação das gotículas.

Na formação dos aerossóis temos um choque de pressão que faz com que a solução inseticida premida e com gases dissolvidos dentro da embalagem, ao ser exposta à pressão ambiente, libere os gases que lá estavam e passe para o estado gasoso em milissegundos. Isso gera mini - explosões da solução, produzindo gotículas que vão pairar pelo ar.

O emprego de armadilhas de captura tem crescido muito nos últimos anos, pois ajuda no controle e pode ser uma excelente ferramenta para medir os resultados do controle. Há modelos domésticos com ventoinhas para captura e modelos profissionais com liberação de CO2, o qual é um forte atrativo para mosquitos. Existem empresas que baseiam boa parte de seus programas de controle de mosquitos no emprego dessas armadilhas. 

Uma vez que esclarecemos os tipos de aplicação, cabe lembrar que apenas inseticidas registrados para controle de mosquitos podem ser usados para esse fim. Nos rótulos, fichas técnicas e suporte dos fabricantes é possível obter as informações necessárias para fazer o uso adequado desses produtos.

É importante fazer uma ressalva. Por serem insetos de alta mobilidade, as ações de controle voltadas apenas aos adultos, sejam elas de superfície ou espaciais, muito dificilmente vão atingir um patamar satisfatório de controle. Por isso, é importante o levantamento (coleta), a identificação das espécies e o emprego de um programa de controle amplo e bem embasado tecnicamente. Apenas diminuir o intervalo entre os tratamentos espaciais não vai resolver o problema e ainda favorece o surgimento de resistência contra os inseticidas empregados.

Propositalmente não abordamos o controle de vetores nas demandas da saúde pública, por se tratar de uma responsabilidade do poder público e que deve ser executada com a sua cooperação ou parceria.

Para finalizar, cabe destacar que a atividade de controle de pragas urbanas é muito técnica e requer profissionais do ramo para ser executada. Orientações de balcão ou palestras de 45 minutos não conseguem passar o volume mínimo necessário de informações, nem o raciocínio para formar um técnico. Hoje temos cursos de pós - graduação e especialização na USP, UNESP, FIOCRUZ e Universidade Espírita do PR, que formam dezenas de profissionais com capacidade de preparar programas consistentes e seguros de controle de mosquitos. Se sua empresa não conta com um quadro técnico com formação para atender a estas demandas, procure um consultor ou sua associação para saber como e onde qualificar sua empresa e serviços. Controlar mosquitos não é simples, não deve ser barato e pode ser uma excelente oportunidade para empresas qualificadas.

Artigo retirado da Revista Pragas & Vetores, Edição 56 de 17 de dezembro de 2020

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