A crise causada pela COVID-19 está a afectar grande parte das Empresas em Portugal e agora que estamos a começar a superar os piores momentos a nível de Saúde, é importante esclarecer os passos a serem seguidos nas próximas semanas ou meses para garantir uma reabertura em segurança dos Escritórios.
Preparar cada negócio para se adaptar à “nova normalidade” será um factor decisivo a curto prazo. Assim, a adaptação das instalações aos novos padrões de higiene terá um impacto directo na reabertura das actividades económicas de milhares de Empresas.
Queremos ajudar e aconselhar todas as pessoas que têm dúvidas sobre a situação actual, sobre o processo de desconfinamento, como isso afecta os seus negócios e, acima de tudo, que medidas podem ser tomadas para garantir que os seus Colaboradores e Clientes estarão seguros e protegidos nas suas instalações.
A DGS elaborou um manual que permite às Empresas regressar em segurança ao trabalho e adaptarem-se a esta “nova normalidade”.
A primeira medida proposta pela Direcção Geral de Saúde é a higienização das mãos. No plano, a autoridade de saúde refere que a lavagem das mãos com água e sabão ou com um gel desinfectante permite eliminar o SARS-CoV-2 da pele, evitando que o vírus se transmita pelo local de trabalho durante o manuseamento de material ou em contacto entre Colaboradores.
A DGS pede aos Empregadores que incentivem os seus Funcionários a lavarem as mãos frequentemente durante o dia e a fazerem-no de forma correcta, abrangendo toda a superfície da mesma. Cabe também ao Empregador disponibilizar meios para que essa lavagem seja feita de forma correcta. Outra das propostas da instituição é que se coloquem dispensadores "em locais estratégicos" e que estes doseadores sejam recarregados regularmente.
A DGS reforça ainda a necessidade das Empresas explicarem aos seus Colaboradores quais os momentos essenciais em que devem higienizar as mãos: "antes e após remover a máscara; após tocar em maçanetas, corrimões, ferramentas e outros locais e objetos de contacto frequente; após o contacto com objetos dos utentes/clientes, como telemóveis, dinheiro, canetas, entre outros; após um contacto com secreções respiratórias; antes e após comer".
É ainda proposto que se criem momentos para que seja feita a higienização, através de lembretes que surjam no computador dos trabalhadores.
Outra das medidas propostas é incitar os Colaboradores a adotarem medidas de etiqueta respiratória, como não tossir ou espirrar para as mãos nem para o ar. Se tossir ou espirrar, deve fazê-lo para a prega do cotovelo ou para um lenço que deve ser imediatamente deitado no caixote do lixo.
A DGS pede aos Empregadores que mantenham lenços de papel disponíveis pelo Escritório, em embalagens que possam ser descartáveis.
É ainda pedido que se estabeleceça o critério de utilizar máscaras por todos os Colaboradores com sinais ou sintomas respiratórios.
Apesar de voltarem ao trabalho, é essencial que os Colaboradores mantenham o distanciamento social. As directivas da DGS são de que um Trabalhador deve estar afastado de outro por um metro de distância e que esse distanciamento aumente para dois metros em ambientes fechados. Quando isso não for possível pede-se que sejam adoptadas medidas como o teletrabalho, a reorganização do espaço (por exemplo, destinar uma porta exclusivamente para saída e outra para entrada), organizar equipas de trabalho que trabalhem e tirem pausas desfasadas, evitar que Colaboradores estejam cara a cara, favorecendo que trabalhem de costas voltadas ou lado a lado.
Outras medidas a adaptar passam pela utilização de barreiras físicas entre os Trabalhadores e o público (janelas de vidro ou acrílico), reforçar a ventilação dos locais ou marcar horas para o atendimento ao público.
Segundo o manual da DGS, os materiais e superfícies de contacto frequente devem ser higienizados após cada utilização, ou uma vez por dia, conforme os casos. Esta limpeza deve incluir superfícies de mobiliário como balcões e mesas, bem como o pavimento do chão.
O material pode ainda ser desinfectado, após a limpeza, com toalhetes humedecidos em desinfectante ou álcool.